O que inspirou a minha primeira coleção, a “Coleção Andorinhas”

Em novembro de 2020 era aniversário do meu amor, o meu marido.

Estávamos em plena pandemia, cansados de ficar em casa, confinados, loucos por liberdade e ares novos, ar livre e um pouco de natureza.

Bom, alugamos um local para passarmos 3 dias em meio à natureza, e cozinharmos algo gostoso.

Chegamos lá e meu marido fez um churrasquinho, e eu uma salada, para jantamos e tomarmos um drink.

Ainda cozinhando, aquele aroma que saia da chaminé trouxe um convidado muito fofo, o Renato (um cachorro queridíssimo e safado, abaixo sua foto).

O Renato ficou nos fazendo companhia e, claro, tomando uma agua fresca e comendo uma carninha. Ele ajuda na fazenda com os cavalos e animais, ele sempre os conduz pelos caminhos e trilhas corretos ( se ele fosse humano, alguns diriam que ele é cara do Richard Gere, rs).

Bem, sentamos do lado de fora da casa e ficamos conversando até umas 23:30/24:00 hs.

Cansados, fomos tomar um banho e descansar. Falei para o meu marido, deixe a porta aberta que o cachorro está dormindo (ainda não sabíamos seu nome – mais tarde, passeando pela fazenda, viríamos a descobrir o seu nome) e, quando ele acordar e quiser sair conseguirá.

Assim foi feito.

Por volta de umas 4:30 da manhã começamos ouvir alguns barulhos e pensamos “tem alguém dentro da casa”.

Meu marido levantou para verificar e, claro, fui atrás.

Começamos a ouvir barulho de plástico, e descobrimos que nosso amigo Renato estava querendo lanchar, antes de ir ao trabalho, rs.

Como nós não tínhamos deixado nenhuma ração e nem churrasco para ele, com fome ele descobriu que tinha uma embalagem de pão de alho no cestinho da churrasqueira, e estava lambendo.

Ao ser flagrado, o nosso novo amigo saiu muito rápido, mal deu para ver seu rabo, rs, e foi trabalhar.

Bem, eu já estava acordada, coloquei um casaco e fui para fora da casa.

Estava ainda muito fresquinho, mês de novembro, antes do sol nascer, muita neblina, e me sentei em uma cadeira na varanda, com um pelego de carneiro para me aquecer, e fiquei observando o dia nascer.

O lugar é lindo, tem um canion a apenas alguns metros da varanda, em São Luiz do Purunã, e surgiram muitas andorinhas, que eu sempre adorei.

Elas são lindas, rápidas, majestosas, e têm uma linda história.

Comecei a fotografá-las (com o celular claro, eu não sou muito boa nas fotos).

Só queria registrar o momento. Eram muitas andorinhas e eu fiquei, admirando e fotografando aquele momento mágico.

De volta a Curitiba, fui pesquisar um pouco para conhecer mais sobre elas, e me veio a ideia de escupir uma andorinha, e fazer dela a minha primeira coleção.

E foi assim.

Nunca mais vou esquecer aquele peludo querido, o Renato, que nos fez acordar, e me deu essas imagens maravilhosas, e uma experiência inesquecível.

Vou deixar algumas fotos tiradas naquele dia.

Seguem, abaixo, algumas curiosidades sobre as andorinhas, que ajudaram no meu interesse e paixão por elas.

  1. Existem quase 100 espécies ao redor do mundo
  2. Elas são encontradas por todo o globo terrestre, exceto Antártida
  3. As andorinhas vivem, em média, de 3 a 5 anos
  4. Têm entre 10 e 24 cm, e pesam entre 10 e 60 gramas
  5. Elas se adaptaram e evoluíram para se alimentar de insetos, e beber água, em pleno voo, ora dando rasantes sobre a superfície da água, ora em maiores altitudes
  6. Mas elas são espertas em sua dieta, evitando insetos venenosos ou com ferrões, como abelhas e vespas
  7. O formato de seu corpo e asas permite grande capacidade de manobras aéreas radicais, assim como de realizar voos planados, sendo que as andorinhas têm uma incrível resistência para se manterem no ar
  8. Um casal pode fazer mais de 1200 viagens trazendo gravetos para o ninho. Apenas a fêmea constrói o ninho com os gravetos e barro
  9. As fêmeas e os machos são virtualmente idênticos
  10. Existe muito folclore sobre a andorinha. Avistar a primeira andorinha da primavera significa um excelente presságio
  11. Ao passo que ferir uma, normalmente, era associado à má sorte
  12. Na Rússia, músicas foram escritas para celebrar seu retorno, depois do longo e gelado inverno
  13. Antes do fenômeno das migrações ser compreendido, acreditava-se que as andorinhas passavam o inverno enterradas no leito de pequenos córregos e lagos
  14. Elas são conhecidas como aves da liberdade, porque não toleram o cativeiro, nem para se reproduzirem
  15. A tatuagem de uma andorinha, por um marinheiro, significava que ele teria viajado mais de 5 mil milhas náuticas (quase 10 mil km), e de duas andorinhas, 10 mil milhas náuticas (quase 20 mil km)
  16. Elas têm um lado obscuro e, por vezes, machos solitários procuram por ninhos prontos para acasalar com a fêmea. Se necessário, alguns chegam a matar toda a prole (se existente) para aumentar suas chances com a fêmea daquele ninho
  17. Nas migrações, podem percorrer distância de mais de 10 mil km. Andorinhas da Inglaterra, por exemplo, vão até a África do Sul, duas vezes ao ano! No caminho, imagine, atravessam o Deserto do Saara!
  18. Elas viajam à velocidade média de 32 km/h, chegando a picos de mais de 60 km/h. Cobrem cerca de mais de 300 km por dia
  19. A maioria dos passarinhos usam seus ninhos apenas uma vez. Mas, estudos comprovam que as andorinhas retornam de suas migrações, formando as mesmas colônias, ao longo da vida. Sendo que quase a metade dos casais retorna aos seus mesmos ninhos. Os casais permanecem juntos a vida toda
  20. Algumas colônias são muito numerosas, tendo-se notícia de uma na Nigéria, com mais de 1,5 milhões de andorinhas
  21. Estima-se que existam entre 300 e 400 milhões de andorinhas em nosso planeta

Abaixo seguem significados atribuídos às andorinhas, em alguns lugares no mundo. 

O principal significado andorinha é a esperança, sendo também uma representação da sorte, amor, fertilidade, ressureição, pureza, primavera, metamorfose e renovação.

Simbolismo e Significado Andorinha

China

Na China a figura da andorinha tem como significado a fertilidade, já que está fortemente associado ao retorno da andorinha junto com a primavera, a estação mais florida do ano. Para além disso, há diversas lendas chinesas com esse símbolo de fertilidade e fecundidade. Um exemplo dessas lendas é a história de Hien-T. Hien-Ti acabou ingerindo ovos de andorinha e teve Confúcio, que era considerada o filha da andorinha.

Mitologia Egípcia

Dentro da mitologia egípcia a figura toma outro significado, já que simboliza o eterno retorno (pois elas sempre voltam) e a ressureição. Mitos relacionados a andorinha no Egito diz a respeito de Ísis, a deusa da maternidade, da fertilidade e da natureza. Ela era esposa de Osíris e mãe de Hórus, com um grande poder de se transformar em andorinha durante a noite, ela voava ao redor do sarcófago de Osíris, lamentando sua morte.

Mali

Já no Mali, a andorinha vem para simbolizar a pureza, sendo assim, a manifestação de Faro, o senhor das águas, do verbo e também da pureza. A andorinha também tem significado de fertilidade por aqui e representa a mulher, acredita-se que ela recolhe sangue das vítimas oferecidas nos sacríficos a Faro, levando até os céus, retornando em forma de chuva. A andorinha é uma ave migratório e monogâmica, ou seja, vai ter somente uma parceiro durante todo o seu período de existência e por isso é fortemente ligada ao amor.

Equilibrio

Ela passa a ser conhecida também como ave de partida e ave de regresso, com uma característica notável, migra no inverno e sempre retorna no verão, por muita das vezes no mesmo ninho. Toda essa migração da andorinha vai remeter ao conceito que o símbolo de Yan Yang carrega. Já que no inverno yan se refugia e no verão yang saí. Dessa forma, a ave vai simbolizar situações cíclicas, mostrando o ciclo da renovação, da transformação, da esperança no novo e afins.

Tatuagem Old Shcool

A tatuagem de andorinha foi uma das primeiras a se tornaram populares, sendo bastante comum entre marinheiros, ainda nas primeiras décadas do século XX (por isso é considerada uma old school tatoo). Os marinheiros faziam a tatuagem pelo fato da andorinha estar, como eles, sempre indo para algum lugar, e regressando. Mas além disso, acredita-se que se um marinheiro morresse em alto mar, a sua alma era levada até os céus pelas andorinhas, que simbolizavam luz e transformação. Hoje a escolha da andorinha como tatuagem, muitas vezes, ainda tem relação com seu significado.

Obrigada por me acompanhar e trocar experiencias, se você quiser saber algo, deixe sua pergunta na caixa de diálogos.

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2 comentários em “O que inspirou a minha primeira coleção, a “Coleção Andorinhas”

  1. Joana Pacheco disse:

    Muito obrigada meu querido amigo 😉

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